6 de julho de 2023 | Estratégia ESG, , , ,

Passado, presente, futuro

Por Gabriela Anastácia

A semana ainda nem acabou, mas parece que já foram várias em uma só. Tem sentido essa mesma sensação por aí? Só nesses dias já fomos impactados por pautas como a campanha publicitária que utilizou o recurso do deepfake, o praticamente cancelamento de uma rede social e a ascensão de uma nova logo em seguida. E hoje ainda é quinta-feira. 

O primeiro assunto do dia é o deepfake. Ganhou buzz, no início da semana, um recurso de inteligência artificial que permite criar vídeos falsos extremamente realistas. No caso da campanha da fabricante alemã, foi usado para juntar imagens e áudios de dois ícones da música brasileira: Elis Regina e Maria Rita, mãe e filha, num dueto nunca possível. Embora a habilidade técnica por trás dessa produção seja inegável, o uso de deepfake levanta questões éticas e artísticas importantes sobre os limites do uso de IAs.

A apropriação da imagem e da identidade artística das cantoras por meio de uma tecnologia artificial é um tema que merece acompanharmos para observar as reflexões sobre os limites éticos dessas práticas e o impacto que podem ter no legado artístico das artistas. Apesar de ser uma imagem emocionante, a criação de uma realidade virtual na qual pessoas podem ser “ressuscitadas” para fins publicitários pode gerar distorções e até mesmo banalizar a contribuição artística para a cultura. 

Em um cenário paralelo, no mundo da tecnologia, Elon Musk resolveu limitar a quantidade de tweets que podem ser vistos pelos usuários. A decisão não pegou nada bem. E, nessa quarta (5/7), ganhou um concorrente de peso com o lançamento da nova rede social do Meta – Thread. A empresa por trás do Facebook tem apostado em recursos avançados de ESG e inteligência artificial para criar experiências inovadoras.

As IAs têm sido recursos recorrentes para permitir que os usuários recebam cada vez mais conteúdos personalizados com a proposta de facilitar interações. Só que o uso excessivo vem acompanhado de preocupações éticas e sociais e todo desafio que implica à privacidade e à segurança dos dados. 

À medida que presenciamos a ascensão das novas mídias e a constante evolução tecnológica, é fundamental refletirmos sobre os impactos e desafios que surgem. A ética, a privacidade e a responsabilidade social são pilares que devem ser cuidadosamente considerados na concepção e utilização de tecnologias como o deepfake e nas redes sociais em geral.

Por: Gabriela Anastácia