Quando refletimos sobre a importância de apoiar organizações de impacto social, uma verdade surge claramente: nossas ações, por menores que possam parecer, têm o poder de provocar mudanças significativas. Há mais de uma década acompanho os desafios de organizações da sociedade civil, ONGs, Oscips, fundações para manter sua sustentabilidade e garantir apoio às comunidades atendidas.
As batalhas de captação de recursos, a luta constante por visibilidade e a busca permanente por parcerias são lembretes frequentes de que construir um impacto sustentável requer a união de muitos. Embora pesquisas mais recentes nessa área ainda não tenham sido publicadas, dados do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) comparam perfis individuais de doadores no Brasil de 2015 a 2020. Os resultados mostraram que as doações tiveram uma queda de mais de R$ 3 bilhões no período.
Há alguns meses, enquanto conversava com uma organização na defesa da população em situação de rua, descobri ser possível apoiá-los a partir de R$ 1. Isso mesmo, apenas 1 real. Às vezes, nos concentramos tanto no total que esquecemos que podemos começar com uma pequena quantia. Da mesma forma, o voluntariado de algumas horas nos permite ser construtores de mudanças concretas.
No Brasil, ainda prevalece a chamada cultura da doação quando ocorrem tragédias, calamidades públicas e outras situações que causam agitação, conforme alertou Otacílio Nascimento, da Fundação Toyota. As coisas nem sempre precisam ser assim. Precisamos defender esse compromisso como coletivo. O que podemos esperar em troca é ver o impacto nos assistidos e nas comunidades.