O mês de julho remete ao movimento político de mulheres negras, Julho das Pretas. Momento mais que oportuno para refletir sobre questões importantes não só de representatividade, mas também sobre o futuro do Brasil. Ainda mais diante do recente estudo, feito com executivos brasileiros, que revela que apenas 16% dos líderes declararam conhecer ESG em profundidade.
Segundo a alarmante pesquisa “Líderes de Negócios do Brasil e ESG” , apesar da falta de conhecimento sobre o tema, mais de 90% dos executivos reconhecem que a adoção da governança ambiental, social e corporativa é de extrema importância para o futuro dos negócios.
Resultado de muitos anos de lutas e após muitas manifestações, a liderança feminina tem alcançado cada vez mais espaço nos setores corporativos e governamentais. Mas ainda é fundamental que as organizações tenham atenção à necessidade de garantir a equidade de gênero em todos os níveis hierárquicos.
Inspirado por Tereza de Benguela (líder quilombola), a proposta do Julho das Pretas é ser um mês dedicado à luta e ao reconhecimento das mulheres negras no Brasil, para que cada vez mais elas ocupem espaços de poder e tomada de decisão. E as ações de ESG podem desempenhar um papel importante para promoção da igualdade e valorização da cultura e da história das mulheres negras no país.
A desigualdade social persistente no Brasil exige ações concretas por parte das empresas e lideranças para promover o desenvolvimento, inclusão e o acesso igualitário a oportunidades. Não é mimimi. O ESG não se trata de marcar um check list, mas de assumir compromissos genuínos.