Diversidade racial: um motor para a inovação e competitividade

A equidade racial no ambiente corporativo se destaca como um tema urgente. Para além da justiça social, é também estratégico, pelos resultados que proporciona às empresas que se comprometem genuinamente com essa equidade. Afinal, investir na diversidade racial não é apenas uma questão de valores, mas também de valor.

Destaco alguns dados importantes: empresas com maior diversidade racial têm 36% mais chances de superar seus concorrentes em rentabilidade, segundo um estudo da McKinsey & Company. Isso ocorre porque equipes diversificadas oferecem perspectivas únicas, estimulando a inovação e promovendo soluções mais criativas para os desafios de negócios.

Empresas comprometidas com a inclusão racial também se beneficiam financeiramente. Um relatório do Boston Consulting Group (BCG) apontou que organizações com alta diversidade étnica em cargos de liderança apresentam 19% a mais de receitas provenientes da inovação. Isso demonstra que a diversidade não é apenas um ideal, mas uma vantagem competitiva mensurável.

Práticas inclusivas no ambiente de trabalho também ajudam a atrair e reter talentos. Uma pesquisa da Glassdoor revelou que 76% dos candidatos consideram a diversidade um fator importante na escolha de onde trabalhar. Cultivar um ambiente inclusivo contribui para o aumento do engajamento e da produtividade dos colaboradores.

Adotar políticas de inclusão racial vai além dos muros corporativos: contribui para a redução das desigualdades sociais. No Brasil, onde as populações negras, pardas e indígenas representam mais de 55% da sociedade, a promoção da igualdade no ambiente profissional é uma forma concreta de gerar impacto positivo e promover justiça social.

A inclusão racial no ambiente de trabalho é uma jornada que beneficia a todos: empresas, colaboradores e a sociedade como um todo. No âmbito do ESG, é mais do que uma pauta social. Dizer ‘sim’ à igualdade racial é ir além: é se posicionar de forma antirracista e agir para a construção de futuros melhores para todos.

* Em novembro, os editoriais da Estratégia ESG serão escritos exclusivamente por autoras e autores negras e negros. Um símbolo para que ultrapassemos — enquanto sociedade — as fronteiras do mês e tenhamos vozes negras sempre, ativas e ecoantes. Acompanhe conosco!