Por Matheus Zanon, da Equipe Alter
O mundo vive uma das maiores crises humanitárias de todos os tempos. Segundo o relatório Tendências Globais do ACNUR, Agência da ONU para Refugiados, quase 1% da população global encontra-se em deslocamento forçado. São 79,5 milhões de pessoas obrigadas a abandonar seus países de origem.
Os dados são ainda mais cruéis quando olhados pela ótica etária. São entre 30 e 34 milhões de crianças, muitas das quais desacompanhadas, que perderam o referencial de lar – e de família – e que contam com a solidariedade de organismos internacionais e de outros países para tentar recomeçar a vida. Somente no Brasil, são 51.251 pessoas vivendo com o status de refugiado, segundo o Comitê Nacional para Refugiados (Conare).
Os números são alguns dos dados crus que permeiam o tema do refúgio. Comunicar causas, contudo, é ir para além desses dados e encontrar as histórias que humanizem os fatos – estarrecedores por si só.
O ACNUR no Brasil atua para proteger os refugiados e promover soluções duradouras para seus problemas. O país é internacionalmente reconhecido como um país acolhedor e concede ao refugiado proteção para recomeçar sua vida. O refugiado pode obter documentos, trabalhar, estudar e exercer os mesmos direitos que qualquer cidadão estrangeiro legalizado no país. Entretanto, pessoas refugiadas também encontram aqui dificuldades para se integrar à sociedade brasileira.
A comunicação para o ACNUR
É por meio dessas histórias que a Alter Conteúdo, em parceria com Vânia Alves Comunicação, atua no relacionamento com a imprensa para o ACNUR. Do conflito na Síria à crise humanitária na Venezuela, elaboramos um plano de comunicação personalizado com o objetivo de ampliar o alcance das histórias de milhares de pessoas refugiadas no país. O objetivo é contribuir para aumentar as doações que permitam a continuidade do trabalho do ACNUR.
O trabalho envolve o mapeamento de datas significativas para o tema, a ronda nas redações para identificar os veículos que melhor podem visibilizar cada tema e o apoio na preparação dos personagens, para que se sintam confortáveis e acolhidos ao contar suas histórias.
Todo o planejamento tem obtido bons resultados. As histórias dos refugiados e a atuação do ACNUR nessa nova etapa já foi veiculada em programas como Fantástico, Jornal Hoje, Jornal das 22h (GloboNews), CNN Brasil, RedeTV, além de inserções nos jornais O Globo, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e Agência Brasil. Isso só para citar alguns.
E, mais uma vez, os resultados vão além dos números. Comunicar causas é também se engajar com o tema e vibrar com matérias sensíveis que conseguem retratar as histórias para além dos dados.
Dia Mundial do Refugiado
A data para divulgar esse trabalho, não poderia ser mais propícia. No dia 20 de junho, celebra-se o Dia Mundial do Refugiado. Na semana, o ACNUR divulga os dados globais mais recentes sobre refúgio e deslocamento forçado: o Global Trends.
A publicação, assim como a data, lembra da necessidade de atuação mais firme dos países para resolver os problemas que levam ao deslocamento forçado, bem como agir para acolhimento e inclusão dos refugiados.
Contribuir
Quer conhecer mais sobre o ACNUR e o trabalho desenvolvido? Acesse https://www.acnur.org/portugues/ e saiba mais sobre como contribuir com a resposta à crise do deslocamento forçado.