A Habitat para a Humanidade Brasil e @habitatbrasil, cliente Alter, compreende que no Dia Nacional da Habitação, celebrado neste sábado (21), não há muito o que se comemorar. O país tem um déficit habitacional de 6 milhões de moradias e cerca de 25 milhões de residências inadequadas, segundo a Fundação João Pinheiro (http://fjp.mg.gov.br/). São milhões de brasileiros que convivem com a rotina de uma casa precária, sem meios dignos de habitar. E a situação é ainda mais crítica para as mulheres, principalmente as chefes de família. Elas representam 60% da população vivendo em residências inadequadas.
Com a missão de diminuir as desigualdades sociais e de oferecer uma moradia digna para todos, a Habitat Brasil realiza obras de melhorias habitacionais em diversas comunidades e periferias do Brasil. A ONG, que está presente em mais de 70 países, atua há cerca de 30 ano Brasil. Dentre as ações realizadas, 2.257 casas já foram reformadas, beneficiando 11.285 pessoas com um lar mais digno para viver.
Melhorias habitacionais em diversos estados
Até dezembro deste ano, a Habitat Brasil tem a meta de realizar mais 398 reformas, que irão beneficiar 1.990 brasileiros, distribuídos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Ceará, Pernambuco e o Distrito Federal.
“A questão da moradia no Brasil ainda é um privilégio. Pouco se avança em políticas de habitação e no acesso à terra. Pessoas que vivem em condições precárias são taxadas como preguiçosas ou acomodadas, e isso enfraquece a proposição do debate junto à sociedade. É preciso analisar os contextos sociais e a falta de políticas públicas para garantir o acesso equitativo à habitação, que é um direito constitucional, e tem impactos profundos na desigualdade social”, explica Socorro Leite, diretora executiva da Habitat Brasil.
Para além da falta de perspectiva no acesso a uma moradia adequada, o governo brasileiro expõe cerca de 400 mil pessoas a novos despejos durante a pandemia, quando o Presidente da República veta o projeto de lei 827/2020, que suspendia os despejos até dezembro de 2021. Confira o artigo da Socorro publicado no Le Monde Diplomatique.