Por Natália Romana, da Equipe Alter.
O Outubro Rosa surgiu em 1997 nos Estados Unidos para é o mês para chamar a atenção sobre a importância da prevenção e do diagnóstico do câncer de mama. O movimento cresceu e hoje é realizado em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil.
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Números do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam 66.280 casos somente em 2021. O último levantamento realizado em 2019 pelo Atlas da Mortalidade por Câncer aponta que 19.295 pessoas perderam a batalha contra a doença, entre elas, 227 homens. Isso mesmo, apesar de raro, o câncer de mama também afeta os homens.
6 orientações importantes neste Outubro Rosa:
1) O que aumenta o risco?
A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença, mas ele não é o único.
* Não realizar ao menos 150 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada. Para maiores informações, consulte o Guia de Atividade Física para a população brasileira.
**A mulher que possui um ou mais fatores genéticos/hereditários apresenta risco elevado de desenvolver câncer de mama. Apenas 5 a 10 % dos casos da doença estão relacionados a esses fatores.
Atenção: a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença.
2) Como prevenir
Estima-se que pequenos hábitos saudáveis como a de prática atividade física e evitar o consumo de bebidas alcóolicas e o tabagismo, podem reduzir em até 30% o risco de desenvolver o câncer de mama. Além disso, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos.
3) Sinais e sintomas
Fique atento a alguns dos seguintes sinais:
- Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher
- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja
- Alterações no bico do peito (mamilo)
- Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço
- Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos
Descoberto em sua fase inicial a chance de cura chega a 95%.
4) Tratamento
O tratamento depende da fase em que a doença se encontra e do tipo do tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo).
5) Dicas de perguntas sobre o câncer de mama
Caso você receba o diagnóstico de câncer de mama, é muito importante tirar todas as dúvidas com o médico. Veja algumas perguntas sobre o câncer de mama que você pode fazer:
- Qual é o tipo do meu câncer de mama? É localizado ou invasivo?
- Qual é o tamanho do tumor?
- Quantos linfonodos foram encontrados?
- Qual é o estágio do meu câncer?
- Quais as minhas opções de tratamento?
- Qual é o melhor tratamento para o meu caso?
- Quais são os potencias efeitos colaterais e o risco deste tratamento?
- Como este tratamento me beneficiará?
- Este tratamento pode afetar a minha vida diária, de que forma? Serei capaz de trabalhar, de me exercitar e realizar minhas atividades normais?
- Qual é a previsão para o tratamento? Quantos meses, a princípio, vai durar o tratamento?
- Posso fazer reconstrução mamária? Em que momento?
- Como será o nosso acompanhamento? De quanto em quanto tempo nos encontraremos?
- Para quem eu posso ligar quando tiver dúvidas ou problemas?
- Em quais situações devo ligar?
6) Não é o fim!
O diagnóstico precoce é o melhor remédio para lidar com um câncer, mas casos descobertos tardiamente não significam o fim. O paciente não pode ter medo do diagnóstico. Mesmo durante ou após o tratamento, os pacientes continuam a ter uma vida normal.
Fonte: Inca