12 de abril de 2023 | Comunicação e marketing, ESG, Sustentabilidade, , ,

Sem Comunicação, não há Sustentabilidade

Por Lia Ribeiro

A Alter é uma agência que tem como eixo central comunicar causas e propósitos sociais. Buscamos seguir as diretrizes ESG e nos alinharmos com os ODS em todas as ações. Isso significa que práticas relacionadas à justiça social e à sustentabilidade do planeta não somente nos interessam como são a base do desenvolvimento do nosso trabalho. Nesse sentido, atuamos em diversas frentes midiáticas sempre com o objetivo de comunicar o que chamamos de conteúdo relevante. Enxergamos a comunicação por meio de uma perspectiva 360º, sistêmica e interconectada. Viva, tal qual o planeta.

Levando isso em consideração, é mais do que pertinente ressaltarmos o papel dos profissionais e canais de comunicação como aliados no processo de comunicar aos cidadãos e stakeholders informações, ações e iniciativas relacionadas a práticas de sustentabilidade. Não apenas às que priorizam a preservação ambiental, mas também – e principalmente – aquelas que implicam diretamente na destruição do meio ambiente. 

Você pode estar se perguntando qual é a relevância do tema para a sua organização. Eu lhe respondo, em tempos extremamente midiatizados em que a pauta ambiental está no centro das notícias, sua organização, eventualmente, vai precisar se posicionar de um lado ou do outro da situação mencionada.

O que comunicar?

É inegável a importância da Agenda 2030, estipulada pela ONU, que visa atingir a dignidade e qualidade de vida para todos os seres humanos sem colocar em risco o ecossistema. Tendo como base os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o conjunto de metas que compõem a Agenda atravessa diretamente o cotidiano de instituições, que precisam estar cada vez mais alinhadas aos objetivos para se manterem relevantes corporativamente e socialmente. Dessa forma, inserir este tema no dia a dia da organização precisa ser algo fluido e orgânico, seguindo na contramão do temido greenwashing. O discurso da instituição precisa refletir verdadeiramente as ações que priorizam a responsabilidade ambiental. Para isso, contar com especialistas, não só da área de comunicação mas da área de sustentabilidade, é fundamental.

Posto isso, cabe refletir qual é o papel da sua instituição no setor de atuação ao qual ela está inserida. Qual é a importância das atividades que ela exerce sobre o meio ambiente? Existem iniciativas voltadas para a diminuição do impacto ambiental? As práticas institucionais pautadas na sustentabilidade englobam aspectos não só ambientais, mas socioculturais, políticos e econômicos? Os parceiros da sua organização também são socialmente responsáveis, ambientalmente sustentáveis e administrados de forma correta? Estão alinhados com os ODS? Essas são algumas questões que devem ser levadas em consideração, visando a elaboração de uma estratégia de comunicação focada em transmitir o posicionamento de sua instituição diante de questões chaves que englobam o meio ambiente e a sociedade de maneira integrada.

Como comunicar?

Uma vez definidas as questões principais que irão nortear o discurso da organização, é hora de desenvolver e colocar o plano de comunicação em prática. Primeiramente, devemos lembrar que o ato de comunicar envolve não apenas a transmissão de informações relevantes mas também é um ponto fundamental na construção da imagem e reputação de uma instituição. No caso da construção da imagem institucional, por exemplo, é imprescindível contar com um serviço de assessoria de imprensa, que irá orientar, com base na elaboração de mensagens-chave e media training, equipe e porta-vozes no desenvolvimento e transmissão de narrativas pertinentes para a audiência adequada. Neste caso, o alvo principal é a imprensa tradicional – jornais, portais web e canais de televisão. 

Nas redes sociais, podemos contar com recursos audiovisuais como grandes aliados na transmissão dessas informações. É imprescindível, contudo, que o conteúdo produzido siga uma identidade visual bem marcada, alinhada com as características da organização e padronizada, buscando sempre referenciar a marca. O cuidado com a linguagem utilizada também é de suma importância. Para dominar este ponto, é preciso conhecer muito bem o seu público. Além disso, o ritmo e o fluxo de informação nas redes é vertiginoso e a todo instante novas tendências surgem, o que torna o trabalho de monitoramento de redes essencial para a construção de uma estratégia digital.

Quando se fala em comunicar temas relacionados à sustentabilidade, muitas vezes, o foco fica apenas na parte midiática. Entretanto, a comunicação vai além da publicização de informações, devemos levar em consideração, primordialmente, quais são os interessados nessas informações. Se a sua organização já inseriu, ou tem interesse em inserir, a agenda ESG em seu cotidiano, é preciso que ela comunique isso em seus relatórios de sustentabilidade ou integrados. Além de conferir credibilidade para a instituição, demonstra que ela realmente está comprometida com as transformações que passam pelo viés ambiental, social e de governança. Na Alter, nós contamos a sua história de diversas maneiras, inclusive, por meio de diversos formatos de prestação de contas, os relatórios corporativos.

Hora de agir

É um consenso de que todos devemos colaborar para mitigar os efeitos da crise climática e para a preservação do ecossistema. Entretanto, alertar para os danos a curto, médio e longo prazo das ações que não estão em conformidade com estes objetivos, e tomar medidas significativas que possam impactar positivamente o meio ambiente, é uma exigência cada vez mais frequente que vem sendo feita no meio corporativo, entre investidores, governos e sociedade. Como falado no início do texto, inevitavelmente, a sua organização precisará se posicionar a respeito dessas questões. Se eximir deste posicionamento pode ser interpretado pelo público e pelos investidores como negligência, e isso não é nada bom para a sua instituição. 

Por: Lia Ribeiro