Cidades brasileiras têm pior qualidade de ar do mundo ministro dos Direitos Humanos é acusado de assédio sexual queimadas se espalham pelo Brasil colocando biomas inteiros em risco preciso pagar minhas contas como pode esse cara estar na disputa da prefeitura de São Paulo bombardeios à Palestina continuam matando pessoas moça me ajuda estou passando fome não anda sozinha nessa rua porque está acontecendo muito assalto homem dopa esposa para ser estuprada por outros homens…
Deu falta de ar, né? E não só por causa da fumaça dos incêndios florestais, ou pela proposital falta de vírgulas e pontos. Diante de tudo isso e (muito) mais um pouco, é nossa mente que às vezes faz parecer o ar faltar.
O cuidado com a saúde mental se torna cada vez mais urgente. Como controlar a ansiedade em um cotidiano que nos sufoca com notícias que nos fazem questionar se ainda há soluções para os desafios do mundo? Como equilibrar uma rotina saudável em 24 horas, quando a lista de responsabilidades inclui ser produtivo no trabalho, fazer atividade física, cuidar da casa, da alimentação, da família, dormir bem, ter lazer e ainda se manter informado?
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que mais de 700 mil pessoas cometem suicídio anualmente. Isso significa que distúrbios associados à saúde mental matam mais que HIV, malária, câncer de mama ou mesmo guerras e homicídios.
Embora o suicídio global tenha diminuído 36% entre 2000 e 2019, nas Américas houve um aumento de 17%, com o Brasil apresentando um crescimento de 43% entre 2010 e 2019. Um estudo da Fiocruz, em parceria com a Universidade de Harvard, aponta que, no Brasil, a taxa de suicídio entre jovens subiu 6% ao ano entre 2011 e 2022, e as notificações de autolesões cresceram 29% ao ano no mesmo período.
Desde 2013, a campanha ‘Setembro Amarelo’ faz parte do calendário nacional, trazendo visibilidade ao tema. Segundo o site oficial da campanha, ‘o suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos para toda a sociedade’.
Diante de um cenário opressor, em que os desafios globais e pessoais chegam a nos sufocar, o cuidado com a saúde mental não é apenas urgente — é uma questão de sobrevivência. Ignorar o impacto das crises ao nosso redor ou subestimar a força devastadora da ansiedade, da depressão e do estresse não é mais uma opção.
A saúde mental não pode ser tratada como um problema individual: ela é social e coletiva, diretamente influenciada por fatores econômicos, políticos, culturais e ambientais. Vale lembrar que dentro das diretrizes ESG, a letra ‘S’, de Social, engloba essa questão, e o ODS 3 (Saúde e Bem-Estar) coloca a saúde mental como uma das prioridades para o desenvolvimento sustentável. O que faz bastante sentido.
Se precisar, peça ajuda:
CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, postos e centros de Saúde)
UPA 24H, SAMU – 192, pronto socorro; hospitais;
Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita) | cvv.org.br