Zumbi dos Palmares nos deixou um legado de resistência na busca por dignidade humana. A consciência é o primeiro passo para uma mudança que começa no indivíduo e se amplia coletivamente, na percepção de que todos somos iguais. Em 20 de novembro — Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra — refletimos sobre essa luta.
O racismo, o preconceito e as discriminações no Brasil são estruturais; estão presentes nas instituições, tanto no setor público quanto no privado, nas empresas, nas escolas, nas famílias, no esporte e nos partidos políticos. Enxergamos essa realidade na violência cotidiana que tira a vida de nosso povo, nos olhares de reprovação, nos ambientes de trabalho, na diferença salarial, no feminicídio, nas abordagens policiais.
Datas simbólicas como o Dia de Zumbi e da Consciência Negra são essenciais para despertar um olhar mais crítico em todos nós. A sociedade precisa de uma compreensão mais profunda sobre esses problemas.
As políticas públicas desempenham um papel fundamental nesse cenário. Racismo, preconceito e discriminação se combatem com educação de qualidade para todos, com um atendimento em saúde eficiente, com segurança que proteja e respeite a vida, com empregos dignos e salários justos, com moradias adequadas e saneamento básico. Essas feridas sociais se enfrentam com cidadania, com a garantia de direitos que transformem a vida das pessoas.
* O senador Paulo Paim (PT/RS) é autor do Estatuto da Igualdade Racial e presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal
** Em novembro, os editoriais da Estratégia ESG serão escritos exclusivamente por autoras e autores negras e negros. Um símbolo para que ultrapassemos — enquanto sociedade — as fronteiras do mês e tenhamos vozes negras sempre, ativas e ecoantes. Acompanhe conosco!